"Faz um ano que meu pai morreu e minha mãe continua colocando o seu lugar na mesa, como se ele fosse chegar. Por outro lado, ela sabe que está viúva e sempre diz isso às pessoas. O que está acontecendo?"
Marli Viveiros, São Paulo (SP)
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A perda e o luto são processos parcialmente conscientes e inconscientes. Para algumas pessoas, o tempo para assimilar o acontecido é de meses e para outras, alguns anos. Os conflitos de sua mãe revelam um drama íntimo.
No termo “crise” está inserida a palavra “crie”. Pode parecer simplista essa ideia, mas, na verdade, é a mais pura percepção da vida como ela é. Crises sempre existiram e sempre vão haver.
Por Leo Fraiman*
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Há momentos em que o mercado (e a vida) está a nosso favor e aproveitamos as oportunidade, mas é preciso saber como tudo oscila, todos nós enfrentamos crises, sejam elas pessoais ou profissionais. É nessas horas que os valores, crenças e atitudes são testados, que a competência e a resiliência são acionadas e contatos fazem a diferença.
Com o avanço da idade há um desgaste fisiológico natural. Muitas vezes, por problemas de saúde, a única saída é tratar, trocar, cuidar e higienizar o velho.
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Há casos de velhos que urinam incontrolavelmente para capitalizar a atenção e conseguir contato físico com as pessoas que vão tocá-lo. Isso não é consciente.
"Aos 68 anos, minha mãe tem momentos de total lucidez e horas em que se esquece de tudo, confundindo os fatos. Às vezes acho que ela está fazendo chantagem. Será que é esclerose?"
Stela Campos, Rio de Janeiro (RJ)
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O diagnóstico de esclerose tem sido muito mal utilizado, levando a família a uma atitude de descaso em relação ao velho. Nem todos os sintomas que sua mãe apresenta são decorrentes da idade, já que várias patologias apresentam tais sintomas.
Por isso, é importante fazer uma avaliação médica e deixar claro que os casos de esclerose são menos frequentes do que se pensa, sendo o médico especialista o único capaz de detectar a doença.
A temporada após a aposentadoria e, mais, com o seu desligamento da empresa, vai ser um tempo em que você vai se decepcionar bastante. Acredite.
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José Carlos, 68 anos, até então diretor de marketing de uma empresa de publicidade que tem contas milionárias, vivia uma vida glamorosa, excitante, cheia de emoções. Gozava de vários poderes: tomava decisões importantes, estratégicas, estava por detrás da negociação de contas vultuosas, influía nas campanhas e se dava com clientes e fornecedores que o assediavam, diariamente, com prêmios, presentes, ofertas quase irrecusáveis, como viagens internacionais “para estar presente aos sets de filmagem, para pesquisar novos mercados, prospectar clientes, fazer benchmarketing”. Mesmo que declinasse deles, em quase que sua totalidade, recebendo-os somente em nome da empresa e quando fosse de total conveniência para a mesma, em inúmeras oportunidades foi o centro das atenções, usufruindo de todo o prestígio que o cargo lhe emprestava. Mesmo dizendo saber tudo isso não se dirigia a sua pessoa, mas a seu cargo, à hora em que se afastou, viu-se sofrendo pela falta do assédio e das oportunidades de aproveitar do bom e do melhor, compatível com seu alto cargo e com o volume de negócios que trazia para a empresa.
Da mesma forma que se faz com as crianças, a família pode baixar normas de comportamento para o velho.
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Todos nós adquirimos hábitos de higiene por força da socialização. Todo mundo sabe a luta que se tem com uma criança para ensiná-la a escovar os dentes.
"Tenho 57 anos. Afinal, não sou tão velha assim, não é mesmo? Mas há mais de 40 anos venho cuidando de casa, roupa, cozinha. Cansei! Pela primeira vez na vida, quero uma empregada fixa, e não só faxineira. Quero alguém que me ajude com a louça do jantar ou mesmo me traga um chazinho fora de hora. Só que meu marido não admite uma estranha morando conosco. Como convencê-lo?"
Dirce Tereza Matos. Santos (SP)
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Dirce, este é um dos graves problemas da mulher, a quem não é permitido aposentar-se do trabalho doméstico. Assim como o homem necessita preparar-se para a sua aposentadoria (anos antes), também a mulher necessita ser orientada para essa nova fase. O ideal é que o casal seja esclarecido e apoiado em relação às suas novas condições.
Dificilmente as pessoas aceitam bem uma grande e repentina mudança que contrarie seus hábitos. É preciso tempo para que se acomodem e estabeleçam novos acordos.